Blog do Instituto Constelações
Aqui sempre são publicados novos textos e vídeos com informações a respeito das Constelações Familiares Segundo Bert Hellinger.
Instituto Constelações - Constelação Familiar Segundo Bert Hellinger, Brasília, DF
Este texto tem o objetivo de explicar às pessoas que ainda não tiveram contato com o trabalho, como geralmente se inicia a dinâmica “clássica” das constelações familiares dentro de um grupo. Quando um cliente deseja trabalhar um tema, um assunto, um problema que sinta que realmente está atrapalhando ou dificultando seu desenvolvimento na vida pessoal ou profissional, é importante que esteja e se sinta conectado a isso. E, ao sentar ao lado do constelador, este se recolhe ao centro e se conecta à família dessa pessoa, com respeito. Então, juntos, procuram dentro de uma postura fenomenológica, qual o ponto onde é possível trabalhar, onde há força no campo "ancestral" que se forma. De acordo com a necessidade, vemos quantas pessoas precisaremos inicialmente para representar. O que ou quem é necessário para tal constelação, por exemplo: Um representante para o pai ou para a mãe, para um irmão falecido, a própria pessoa, um medo, uma doença... E, centrados, conectados ao tema, se colocam dispostos no espaço, sentindo seus lugares de acordo com a sensação interna. Uma vez em seus devidos lugares, sentem emoções, movimentos e vemos o que aflora dessa imagem. Os representantes são orientados a permanecerem sem a intenção de ajudar, só sentirem em si o que estão representando e se deixar levar pelos movimentos que sentirem. É como se esvaziassem de si e preenchessem de quem estão representando, mesmo sem conhecer. Cada representante, tem um jeito de sentir, muitos tem percepções físicas, sentem calor, frio, ou um incomodo; outros sentem os sentimentos, tristeza, desprezo, raiva, alegria, paz; outros sentem movimentos. Assim a constelação continua mostrando onde o emaranhamento teve sua origem, trazendo à luz o que estava oculto no sistema do cliente. Reconhecendo a origem e o que estava oculto, podemos através do conhecimento das forças que atuam na consciência familiar e das ordens do amor, encontrar a ordem, o pertencimento e o equilíbrio, reorientando o movimento em direção à cura e ao crescimento.
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Julia (nome fictício) sofria de ansiedade e depressão há alguns anos. A psicóloga que a acompanhava havia algum tempo lhe indicou a constelação familiar, pois tinha participado de um workshop e achado interessante. Por não suportar mais a situação, Julia atendeu ao conselho e, de repente, estava em um workshop de constelação familiar com pessoas que jamais tinha visto. Após Julia relatar o tema que lhe havia incentivado a buscar ajuda, o terapeuta questionou: "Essa ansiedade/depressão ocorre como um sentimento de que lhe falta algo internamente, uma espécie de vazio?” Sem compreender o motivo da pergunta, ela percebeu que sim e respondeu afirmativamente. O terapeuta a colocou de frente a um homem até então desconhecido. "Ele representa esse sentimento que você cultiva”, ponderou o terapeuta. A paciente se viu tomada por sentimentos, começou a chorar, experimentava tristeza. Queria se aproximar do homem, mas, ao mesmo tempo, nutria raiva dele. Por sua vez, o desconhecido se encolhia, como que em posição fetal. O terapeuta perguntou-lhe se ela havia perdido um filho ou um irmão. Julia, então, se lembrou que a mãe lhe contara certa vez que, antes de seu nascimento, ela tinha feito um aborto, mas falava pouco sobre o acontecimento. Julia se aproximou daquele homem -- mais tarde, ficou claro tratar-se de uma representação do irmão natimorto -- o abraçou e ambos choraram como se fossem dois conhecidos que há muito não se encontravam. Algumas frases, orientadas pelo terapeuta, foram ditas. Julia foi colocada em seu devido lugar dentro da família e se viu tomada por um sentimento leve de reconciliação, algo que ela não imaginava necessitar. Terminado o trabalho, se sentia mais leve, mais tranquila e percebia que algo dentro de si havia mudado. Compreendeu que algumas amarras de seu interior podiam ser desatadas. Quem participa das constelações familiares se surpreende com a manifestação do campo ancestral e relacional entre as pessoas e do que surge através dele. Criado e desenvolvido pelo alemão Bert Hellinger, o inovador método terapêutico tem ajudado milhares de pessoas no mundo todo a romper bloqueios e curar traumas. Hellinger foi um padre que trabalhou com as tribos Zulus da África do Sul. A partir dessa experiência e com a percepção da existência de que uma "Consciência Familiar" muitas vezes, age em nível subconsciente e tem uma ordem de funcionamento, ele descreveu as "Ordens do Amor". A aplicação destas e das constelações familiares vem conseguindo bons resultados, seja em problemas de relacionamento familiar ou conjugal; seja em dificuldades profissionais e de desenvolvimento pessoal, além de tratamento de medos, desejo de suicídio, depressão e vícios. ATENDIMENTO INDIVIDUAL - CONSTELAÇÕES FAMILIARES
O atendimento individual com as constelações familiares pode acontecer, principalmente, nos casos em que a pessoa não queira trabalhar em grupo, nos workshops. Durante um workshop, no momento em que o cliente é chamado para trabalhar e falar de seu tema, a atenção e concentração é toda direcionada a ele, sua família e a solução. No trabalho individual acontece da mesma maneira, é um tempo que trabalhamos juntos, apenas o terapeuta e o cliente, através do olhar sistêmico. Procuramos encontrar os possíveis emaranhamentos que possam existir, trazer à luz as possíveis dinâmicas ocultas e direcionar para a solução. O campo sistêmico que se forma numa constelação em grupo, também se forma num atendimento individual e também caminhamos no sentido fenomenológico, através de nossas percepções. Normalmente, utilizo o que chamamos de “âncoras”, que podem ser folhas de papel no chão, sapatos, almofadas, cada uma representando uma pessoa pertencente ao sistema ao qual estamos olhando e, quando necessário, ocupamos aquele lugar para sentir e dar o movimento. Também são utilizadas figuras como representantes e a constelação é toda feita com essas figuras. E também há a possibilidade da pessoa ser constelada sozinha, utilizando apenas as imagens internas e trabalhando com elas pela postura, pensamento e frases. Portanto, todas as maneiras de constelar seus temas estão imbuídas da mesma essência e caminham dentro do olhar sitêmico, cada uma com sua característica peculiar e necessidade específica, porém todas procurando reorientar o movimento no sentido da solução, da cura e da ordem. Quando as constelações familiares são feitas em grupo, acontecem em turnos. A pessoa fala de seu problema e juntos olhamos pra isso. De uma maneira simples, ampla e precisa Bert Hellinger descreve a prática da constelação: "Em um grupo uma pessoa escolhe representantes para seus pais e seus irmãos e também para si próprio e os coloca em um espaço, um em relação a outro. Os representantes, a partir do momento em que ocupam seu lugar, sentem da mesma forma que as pessoas que estão representando. Isso ocorre sem que os representantes saibam algo sobre elas. Desse modo vem à luz uma relação, até então oculta, com outro membro da família. Revela-se assim que os representantes mergulham em algo que os conecta com as pessoas ausentes e não apenas na superfície, de forma externa, e sim dentro de um âmbito onde uma força que guia todos conjuntamente é experimentada. Eu chamo essa força de "grande alma". Também a pessoa que constela é alcançada por essa força. Quando posiciona a família de uma forma centrada, ela o faz em conexão com essa grande alma e fica admirada com o que veio a luz..." "As Constelações familiares não apenas trazem à luz algo até então oculto, mas também indicam caminhos para a solução. O ponto decisivo das constelações familiares é mostrar o caminho para a solução de um emaranhamento e conduzir os atingidos a esse caminho". Foto encontrada no site: http://3.bp.blogspot.com/-JSH2ftP-9ZA/TlvMWiRBgeI/AAAAAAAABMA/86ldkf6-2yk/s1600/Comunidad.bmp Um Simples Milagre! Ao final de intensos treze dias de treinamento em Constelacao Familiar com Bert, Sophie Hellinger e os docentes da Hellinger Lebenschulle, onde tivemos oportunidade de vivenciar experiências fortíssimas e um imensurável aprendizado, estava eu caminhando pela cidade de Bad Reichenhall, na Bavária Alemã. O dia estava chegando ao final, era uma tarde nublada, cinza e uma chuva fina caia sobre mim enquanto caminhava voltando para o hotel, pensativo em tudo que acontecera comigo naquele dia, naquele curso. Também, preenchia meu peito, o sentimento paradoxal entre a inefável saudade de minha esposa e filhos, que pacientemente me esperam no Brasil e a despedida de uma saga de treze dias de aprendizado e experiências de auto-conhecimento. Saga vitoriosa. Eis que no meio de tudo aquilo, como em um milagre, surgem lindos raios de sol poente, com força e brilho intensos, dourando as montanhas ao meu redor, como se preenchesse de ouro a paisagem, ouro de verdade! E de repente, onde a luz do sol brilhava com maior intensidade, no alto de uma montanha, aparece um arco-íris de tamanha intensidade e cores, que eu jamais tinha visto. Extasiado, num momento esplendoroso de contraste do cinza triste da chuva fina e da explosão repentina de cores e luz do reflexo luminoso do Astro Rei, me vem à memória uma frase dita por Sophie Hellinger no primeiro dia do curso. - "Não estamos aqui por acaso, alguém, por algum motivo, nos trouxe aqui." Cabia a nós descobrirmos quem é. Então, depois de tantos dias, na minha compreensão, se revelou esse misterioso amigo, ou guia. Confirmando numa paisagem, de ouro, cores e luz que esteve comigo o tempo todo e que era preciso eu ter vivido tudo quanto presenciei. E em minha consciência, a mensagem se decodificou: "Fui Eu quem te trouxe aqui! Se alegre sempre, pois estou contigo desde o principio. Vivo! E dentro de ti também.Todas as dificuldades tem um propósito em tua vida. Com tranquilidade e perseverança, confie que a luz vai sempre brilhar. Na hora certa!" E todo aquele "aparentemente simples" milagre que se abria frente aos meus olhos renovou em mim a certeza do meu caminhar pela vida. Sempre em busca de ampliar os horizontes e conhecer os mistérios da vida. Renova, dentro mim, uma divina aliança entre a força cósmica, presente em todo universo e nós, simples seres humanos, com defeitos e virtudes. Renova a esperança de que dias melhores virão. Gratidão, a quem me trouxe até aqui e me leva adiante. Sempre vivo, agindo dentro de cada pessoa que contribuiu, em algum momento em minha vida, para que tudo acontecesse do jeito que é! Primeiramente ao meu pai e minha Mãe, "Portal da vida". Grato Bert e Sophie. Mateus Santos Ps - A foto não chega nem aos pés, do que meus olhos puderam presenciar, mas vale o retrato. A crítica tem dois lados, um lado amigável e outro hostil. O seu lado amigável é benévolo. Ela quer servir ao outro e à sua causa e olha na mesma direção junto ao outro. Ambos caminham de mãos dadas e estão à serviço da paz. Juntos eles realizam algo, às vezes de forma dolorosa, porém com um olhar aberto. Um belo exemplo podemos ver quando uma mãe ou um pai mostram a um filho como algo funciona. Eles o permitem de experimentar algo, por exemplo como se dirige uma bicicleta sem cair. Se a criança consegue fazê-lo ambos se alegram, principalmente a criança. Afinal qualquer processo de aprendizagem dá certo de uma maneira benévola. O outro lado da crítica experimentamos vindo dos assim chamados críticos. O crítico rebaixa uma coisa e aqueles que a representam através da sua crítica. A sua crítica se torna uma arma com a qual ele declara um julgamento sobre outros. Ela serve à uma guerra, muitas vezes com armas bem afiadas. Mesmo que estas armas estejam direcionadas contra nós, devemos e podemos crescer através delas. Nós e os outros estamos na mesma altura. Se alguém cede, esta pessoa perde. O outro ganhou, pelo menos assim parece. Porém, muitas vezes aquele que cede deixa o outro cair na própria armadilha, por exemplo ao ignorá-lo. Ao fazer isto ele obriga o crítico a reforçar a sua crítica até que frequentemente, ao afiá-la, ele cava o seu próprio túmulo. Também existe uma crítica benévola de fora. Por exemplo quando alguém leva ambos os lados a sério e possibilita uma igualdade entre ambos os lados, sem tomar partido por nenhum. Como pessoa de fora ele serve a ambos através de uma observação justa. Ele não possui nenhum objetivo que vai para além dos dois. Esta crítica é sábia e, por fim, altruísta. Ele coloca a crítica no espaço sem tomar partido. Isto vale principalmente quando se trata de uma crítica sobre uma sociedade estabelecida ou um modo de vida estabelecido. Por exemplo uma religião, ou um modelo de governo como a democracia ou uma dinastia, ou um modelo econômico como o capitalismo ou o comunismo. Esta crítica neutra faz refletir sem tomar um partido. Ela serve ao crescimento interno. Ele deixa ambos os lados aliviados. A pergunta é: Como é que nós ganhamos esta independência e força interna? Nós a ganhamos através da distância de um lado como do outro, com um olhar que vai para além de ambos. Esta crítica permanece altruísta. Texto de Bert Hellinger Excelente foto do site: www.gerandodemanda.com.br Alegria de Viver!! O Que está contente sente-se em sua plena força vital. Quanto mais se Alegra, tanto mais. A alegria é a fonte da juventude de nossa vida, o que dá alegria, dá vida. Na alegria estamos na sintonia mais profunda com nossa vida, e com a natureza que nos circunda. Como podemos encontrar Alegria?? Quando estamos abertos e amplos para a beleza que nos rodeia. Quando a tomamos em nosso coração e em nossa alma com gratidão e amor. Quando a cuidamos e a nutrimos. Através de nossa Alegria floresce, e nós com ela. As pessoas alegres a irradiam, sua alegria é contagiosa, atraem as outras pessoas, nos dá gosto estarmos próximos a elas. Como começa nossa alegria?? Começa com um olhar amável, este olhar alcança outros imediatamente, então, também seu olhar torna-se amável. Com esses olhares nos experimentamos enlaçados uns com os outros. As vezes os olhares são breves, como ao passar, no entanto, sentimo-nos mudados. Vivemos mais animados, essas alegrias, ainda que sejam pequenas... têm um grande efeito. As vezes basta uma palavra amável, quando é acompanhada com um sorriso, o efeito é ainda maior! Penetra na alma, através dela, nos abrimos e ampliamos tanto interior como exteriormente. O começo da Alegria é o Tomar. O Tomar agradecidos, a gratidão devolve nossa alegria ao doador. Gratidão plena, porque a vida e outros seres humanos nos têm dado tanto, com ela, transborda nossa alegria e dá riqueza a outros, riqueza de Alegria. Tudo o que nos torna estreitos, afoga a alegria, porque a Alegria nos amplia. A Alegria nos mantém vivos, tudo o que está a serviço da Alegria, está a serviço da vida e a transmite, porque a Alegria é Amor. Diante de tudo, a Alegria é pacífica, é puro prazer pela vida. Esta Alegria é próspera consegue reunir a muitos, por exemplo: Em um casamento, com o amor de um homem e de uma mulher, com seu íntimo amor recíproco, a alegria alcança seu ponto culminante e torna-se frutífero. Esta Alegria é leve, aparece como uma brisa vaporosa, sem nenhuma gravidade. As vezes se volatiliza, então voltamos a capturá-la e a tomá-la. A sujeitamos toda uma vida. Tudo o que conseguimos fazer, nos dá alegria, sobretudo se conseguimos o amor. O amor a um parceiro, o amor a uma criança. E olhando para trás, o amor a nossos Pais. Quando o amor a nossos pais e o amor que deles recebemos vão dar um escuro segundo plano, o regressamos a claridade. De crianças, recebemos deles o amor mais profundo, mais íntimo ainda do que o amor entre homem e mulher. O que sucede conosco se esse primeiro amor volta a brilhar e com ele a alegria que ali se sentiu? Em todas as relações posteriores, o brilho de sua Luz se tornará diferente. Começa a brilhar novamente com uma alegria mais clara e com ele, nosso prazer pela vida. O que significa a Alegria de viver afinal das contas? Permitimos a vida que se alegre em nós, então, a vida em nós, celebramos um eterno enlace nupcial, um enlace nupcial criador, com alegria por tudo que nos é dado. Bert Hellinger - Seguindo as pegadas. "O que recebi pelo amor de meu pai eu não lhe paguei pois, em criança, ignorava o valor do dom, e quando meu tornei homem, endureci como todo homem. Agora vejo crescer meu filho, a quem amo tanto como nenhum coração de pai se apegou a um filho. E o que antes recebi estou pagando agora a quem não me deu nem me vai retribuir. Pois quando ele for homem, e pensar como os homens, seguirá, como eu, os seus próprios caminhos. Com saudade, mas sem ciúme, eu o verei pagar ao meu neto o que me era devido. Na sucessão dos tempos meu olhar assiste, comovido e contente ao jogo da vida: Cada um, com um sorriso, lança adiante a bola dourada, e a bola dourada nunca é devolvida!" Börries von Münchhausen (encontra-se traduzido no livro “O Amor do Espírito”- Ed. Atman - Bert Hellinger) Dentro de um relacionamento de casal existe uma dinâmica básica de crescimento que está relacionada ao equílíbrio entre Dar e Tomar. Quando um casal inicia um relacionamento, os dois, homem e mulher estão no mesmo nível, degrau zero. Então, por exemplo, o homem dá algo bom para a mulher, com amor, portanto, sobe um degrau. Isso cria na mulher, por amor, o querer de retribuir, de compensar. E justamente por amor, ela retribui um pouco mais, então sobe um degrau. E o homem, por amor, retribui um pouco mais. E, sucessivamente isso acontece, sempre um pouco mais. Assim, o relacionamento cresce em direção ao mais, subindo os degraus. E, quando e se for permitido, esse amor floresce. Porém, há casos em que o homem ou a mulher faz algo de mau, isso faz com que desça um degrau. E o outro, para sentir uma compensação do mau tomado a si, faz algo mau de volta, um pouco mais, pois precisa compensar! E desce um degrau. E sucessivamente isso acontece, sempre um pouco mais, porém conduzindo ao menos. Essa dinâmica pode levar um relacionamento ao fim, ou até a emaranhamentos em relacionamentos futuros. E quando alguém faz algo mau, por exemplo o homem, ele desce um degrau. E, se a mulher perdoá-lo simplesmente, pois ela é “boa” com ele, ela sobe um degrau. Isso, consequentemente, nessa escada do relacionamento, utilizada aqui metaforicamente, leva a um distanciamento entre o casal, pois permanece a necessidade de compensação. O “mau” abaixo e o “bom” acima. Então, nesses casos, qual é a solução? A solução é buscar a compensação, porém um pouco menos. Não é devolver na mesma moeda, mas algo um pouco menos. Que compense o desequílibrio entre o Dar e Tomar, tenha força para cessar o movimento em direção ao menos, e consequentemente, se aproximem nos degraus, sem o “mau ou bom”, mas iguais. E portanto, possam reiniciar o movimento em direção ao mais, crescendo com nosso relacionamento de Casal. Um homem contou a um amigo que havia vinte anos sua mulher o recriminava porque, poucos dias depois do casamento, ele a deixara sozinha e saíra de férias com seus pais por um mês e meio, pois precisaram dele como motorista. Todas as suas explicações, desculpas e pedidos de perdão tinham sido inúteis. O amigo replicou: “O melhor que você tem a fazer é dizer-lhe que ela tem o direito a desejar ou fazer algo em seu próprio benefício, que custe tanto a você quanto custou a ela o que você fez naquela época”. O Homem compreendeu e sorriu. Agora possuía uma chave para a situação. Isso pode assustar algumas pessoas: que não se chegue a uma reconciliação nesses casos, a não ser que o inocente se zangue e exija reparação. Entretanto, como diz o velho ditado “uma árvore se conhece por seus frutos”, basta observarmos o que sucede num caso e no outro para verificarmos o que é realmente bom e o que é realmente mau. Bert Hellinger, “O Amor do Espírito”, pág. 20 |
Mateus SantosTeve contato pela primeira vez com as constelações familiares em 2005 quando começou a estudar a técnica. Archives
Junho 2023
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